quinta-feira, 14 de maio de 2009

Quando...


Ela estava linda com seu vestido vermelho tomara que caia fortemente marcado na cintura, cabelos soltos, descalça, sem maquiagem, sem brincos ou anéis, apenas com um cordão sem pingente. Andando pelas ruas do subúrbio onde nascera e fora criada.
Lugar de uma gente alegre (não necessariamente feliz), uma gente assim satisfeita com sua sorte celebrando seus costumes. As ruas impregnadas de calor... Calor humano, muitas risadas, alguns gritos, algumas brigas... E ela caminhava atenta a cada movimento dessa gente: Senhoras sentadas nas calçadas, crianças brincando no meio da rua, jovens acumulados nas esquinas, senhores sentados nas salas, com as portas abertas assistindo jornal na TV.
Trombou com um moreno de costas largas e ao som do samba arriscou uns passos desconcertados no começo,mas aos poucos como se uma entidade tomasse conte de suas estruturas ela parecia sem ossos.O moreno a prendeu pela cintura marcada,sentiu seu perfume...
O subúrbio dos melhores dias já não existe mais, aquela gente assim satisfeita cansou-se. No botequim meio vazio sobrevivendo ao tempo um homem já arqueado fita seu copo de cerveja, uma mulher passa de relance, o vento sopra, ele respira fundo e sorri reconhecido. Era a saudade...

3 comentários:

  1. Ah gostei do crônica , q por sinal n está mau escrita não... Gostei da parte q as pessoas cansaram de ser satisfeita...
    As vezes se conformar com tudo cansa , porém temos q aprender a mudar com o mundo.
    te amo.
    s2

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  2. Entendi a tecnica... deixa a gente sem texto um tempão que o que vir fica foda, ne´?! rsrs... Tõ zuando, lógico!

    Adorei o texto, o ritmo e os detalhes! Adorei também caminhar com essa dama de vermelho...

    Obrigado pelo texto/presente!

    abraço!

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