domingo, 14 de novembro de 2010
Meu tempo de morangos,SIM!
O texto que tenho que escrever - ou então eu desmorono - é filho de um silêncio, fomado por uma frase dura como fatos e pedras: "Eu não aguento mais ouvir isso..."
Sei que o que vou dizer agora decepcionará gente muito linda e importa em minha vida, mas é uma verdade da qual eu não posso fugir – mesmo se eu quisesse. A verdade é que eu – com a humildade e fome de um aprendiz - eu sou apaixonado por Clarice Lispector!
Amo-a com todos os meus nervos, sentimentos, notas musicais, cóleras, gargalhadas e vazios do meu ser,demasiado SER.Amo-a com muita FÉ,eis que pude tocá-la e senti-la florescer em minhas mãos – que são a principio tão erradas e desastradas e despreparadas para a vida – minhas mãos trêmulas puderam sentir toda a leva de sentimentos ,existentes nos fatais altos e baixos, dessa maga das palavras!
Clarice me oferece tudo; logo a mim que preciso e reclamo por tanto, tanto, tanto, tanto. A alma dela, a vivência dela, sua escrita – que governa o meu respirar -, sua voz, me, salvam do leve morticínio que existe de mim para mim mesmo. Obrigado, Clarice!Ser salvo por você e estar por vezes deitado no seu colo tem evitado minha ruína, de mundo, do meu Deus e minhas amadas pessoas – inclusive as que não me suportam mais nos clariceamentos.
Se sou chato, repetitivo e quotidiano com relação a isso. Paciência!
E talvez – um talvez que disfarça a certeza – e talvez eu o seja mesmo. Paciência, minhas pessoas, sou muito Rômulo, sou demasiado EU para poder resistir a ela. O meu erro consiste em talvez tentar – desastradamente, atarantadamente, juvenilmente – mostrá-los o que em mim se afigura como o delicado-essencial-mais-forte-que-o-pão-nosso-de-cada-dia-AMÉM!
Juro que tentei mudar de assunto, meus amores. Mas vejo que me é impossível; Hoje questionado sobre o nublado e frio dia – então eu – eu respondi sem pensar: ”Clárice,né!” e depois quando o sol – lindo de esperanças – saiu ,então fui tão chato,repetitivo e quotidiano com relação a isso quanto me acusam,e de minha boca humana saiu novamente:”Clarice,né!”
Mas não sofro com meus acusadores – afinal eu os amo demais – e sei que sou capaz de discursar sobre qualquer outro assunto e com mais destreza, do que supõe os que não tem paciência e fé em mim;inclusive me ocorre agora que devo falar e escrever sobre e uma frase linda,linda,linda:”...Quanto ao futuro.”
E não esquecer que por enquanto é tempo de Clarice, SIM!
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