quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Feito de palavras
E hoje no morrer das tardes ensolaradas ou nubladas me coroe uma saudade cá dentro do peito, uma saudade do tom de sua voz, do movimento de seus lábios,do brilho de seus olhos penetrantes...Hoje cá dentro do peito,reina uma saudade do frisson que causava quando ouvia as histórias que me contava;repletas de anti-heróis,amor e morte onde tudo é possivel,tudo é permitido,com cores berrantes,gritos fortes e sussuros mais fortes ainda.Dramas do primeiro ao ultimo ato...Nascimento e morte
.”Estemundo é um lugar louco,sim?!” E em resposta ele me sorria,pigarreava,me olhava profundamente nos olhos e proseguia.Ele me moldou e partiu quando finalmente me achou pronto e bonito.
Foi desligando-se aos poucos, com cuidado para não ferir meu coração e cuidou ainda que permanecessem vivas em minha memória aquelas histórias.
Em um dia vulgar ele simplesmente não aparceu mais.
Hoje ele está ligado em outras essências, contando provavelmente as mesmas histórias, mas talvez, em um tom menos grave para não assustar os corações delicados; ou passou a contar histórias de contos de fadas... Sempre foi um rapaz inventivo, um belo rapaz inventivo!
Às vezes eu o encontro em alguma praça da cidade, sempre rodeado de amizades e eu o contemplo disfarçadamente do meio da multidão. Outras vezes ele me percebe, sorri naturalmente, vem ao meu encontro e abraça o meu corpo com um vigor todo humano e masculino como faz um pai.
E cumprimos este ritual repleto de simbolismos, de uma forma absolutamente digna, como convém a dois seres que se amaram... Como um profeta e seu discípulo.
domingo, 15 de novembro de 2009
15 de Novembro
Composição: Medeiros / Albuquerque
Seja um pálio de luz desdobrado.
Sob a larga amplidão destes céus
Este canto rebel que o passado
Vem remir dos mais torpes labéus!
Seja um hino de glória que fale
De esperança, de um novo porvir!
Com visões de triunfos embale
Quem por ele lutando surgir!
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
Nós nem cremos que escravos outrora
Tenha havido em tão nobre País...
Hoje o rubro lampejo da aurora
Acha irmãos, não tiranos hostis.
Somos todos iguais! Ao futuro
Saberemos, unidos, levar
Nosso augusto estandarte que, puro,
Brilha, ovante, da Pátria no altar!
Liberdade! Liberdade!
Se é mister que de peitos valentes
Haja sangue em nosso pendão,
Sangue vivo do herói Tiradentes
Batizou este audaz pavilhão!
Mensageiros de paz, paz queremos,
É de amor nossa força e poder
Mas da guerra nos transes supremos
Heis de ver-nos lutar e vencer!
Liberdade! Liberdade!
Do Ipiranga é preciso que o brado
Seja um grito soberbo de fé!
O Brasil já surgiu libertado,
Sobre as púrpuras régias de pé.
Eia, pois, brasileiros avante!
Verdes louros colhamos louçãos!
Seja o nosso País triunfante,
Livre terra de livres irmãos!
Liberdade! Liberdade!
domingo, 8 de novembro de 2009
Fernanda Young,Nua!
“Fernanda Young,nua!”.Desde o dia em que li essas palavras meu espírito não se acalma por dois motivos:excitação e decepção(não necessariamente nessa ordem).
A excitação é por motivos óbvios,Fernanda Young é uma mulher belíssima,com tudo no lugar...Gostosa mesmo!Mas isso numa visão impiedosamente masculina;quando me desce o pseudo-escritor a história muda de figura.Pode ser puro preconceito,mas Fernanda sempre esteve naquele altar reservado para as “Marias de verdade”,ficando bem distante das mulheres que aceitam o papel de simples fonte de gozo masculino.Young nesse estado acaba matando qualquer argumento contrario a exposição da mulher como num açougue de periferia.
Mas vocês irão me perguntar, o que afinal diferencia Fernanda Young de qualquer mulher fruta? Fora das páginas da “Playboy” tudo:Fernanda é uma intelectual de mão cheia,escritora,redatora,apresentadora;sim,uma mulher realmente livre,mas dentro da revista ela acaba sendo nivelada na mesma categoria da “mulher moranguinho”,por exemplo,que ganha a vida graças sua deliciosa bunda(deliciosa mesmo).Mas irão me indagar:esse nivelamento é ruim?Sim,essas coelhinhas da “Playboy” ao contrario do que se possa pensar não contribuíram em nada para a liberdade sexual da mulher,pelo contrario aprisionou-as como ‘deposito de espermas’.
“Salvar o erotismo das mãos da brigueice; não devo nada a ninguém; em alguns lugares do mundo, mulheres ainda são obrigadas a tapar seus corpos; vingança pura e simples; nos meus livros, eu me exponho mil vezes mais; vou fazer 40 anos, ano que vem; irritar a minha mãe; estou me lixando para o que os idiotas vão achar; é a primeira vez na história que a coelhinha da Playboy tem oito romances publicados e não existem ex-BBBs suficientes (aleluia!)”, escreveu Fernanda.
Lógico que o trabalho será o mais requintado possivel.Fernanda está realmente acreditando que este trabalho será como um de seus livros,será uma obra de arte para ser contemplada de forma limpa e bem dita.Não,Fernanda,não éra para isso que a “Playboy” ou qualquer outra revista do gênero serve.Fico aqui tentando pensar nesse assunto com ótica de Young:Imaginem dois homens/rapazes conversando sobre as fotos:
-Viu a Playboy da escritora,Fernanda Young?
-Sim.aquela com muitos livros publicados,seriadas de tv e que faz umas perguntas muito inteligentes na TV?
Sim,essa mesma.Reparou como são dignas as suas fotos?
-Que bom gosto!Os ângulos são perfeitos e a luz então merecia um premio...
-Belo corpo...
-Sim,belo corpo...
Nunca existirá tal dialogo na realidade,mesmo Fernanda tendo no seu contrato controle total sobre as fotos que serão publicadas,evitando assim qualquer ângulo ginecológico.Alias sem estes ângulos ginecológicos,qual é a graça de se ver uma mulher nua em um dessas revistas?
Por sorte(talvez) o pseudo-escritor que incorporo sobe rapidamente e eis que a excitação vence!
Estou louco para ver Fernanda Young nua, pelada. Sim quero saber como é sua parte intima...Ficar satisfeito e nada mais.
Perdão,mas este texto ficou machista ou feminista?